EXAGERO DA NATUREZA
Interação ao poema FOZ DA AMÉRICA DO
SUL, do poeta RICARDO CAMACHO
Que magnífica imagem tu pintas.
Águas do rio são líquida tela,
Tuas palavras, pincéis de aquarela,
A espargir as coloridas tintas.
O branco do véu e as pedras retintas,
Nas margens o verde, cor tão singela,
É ponto final de toda novela,
Que agora conto, de forma sucinta.
O som das quedas é forte, ensurdece.
O vapor que sobe, a água que desce
Formando aquelas lindas cataratas.
Seja a tela concreta ou abstrata,
O acúmulo de tanta beleza,
É puro exagero da natureza.
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Foz da América do Sul
Duzentas e setenta e cinco inatas
E algentes quedas num tecido imenso
Refletem branco véu de noiva intenso,
Pelo declínio encanto das cascatas!
"Ó cristalino e lindo manto!", penso,
Fitando o agito, reluzentes pratas,
Vibrante marulhar das cataratas
Que evola sobre nós num tênue incenso!
Arte de Deus, o exemplo de grandeza,
Por Suas digitais - Ó Natureza!
No olhar do mundo de holofote nu.
E toda a maravilha assim desfila,
Desde a cortina d'água mais tranquila
Chegando às Cachoeiras do Iguaçu.
Ricardo Camacho