EXAGERO DA NATUREZA

Interação ao poema FOZ DA AMÉRICA DO

SUL, do poeta RICARDO CAMACHO

Que magnífica imagem tu pintas.

Águas do rio são líquida tela,

Tuas palavras, pincéis de aquarela,

A espargir as coloridas tintas.

O branco do véu e as pedras retintas,

Nas margens o verde, cor tão singela,

É ponto final de toda novela,

Que agora conto, de forma sucinta.

O som das quedas é forte, ensurdece.

O vapor que sobe, a água que desce

Formando aquelas lindas cataratas.

Seja a tela concreta ou abstrata,

O acúmulo de tanta beleza,

É puro exagero da natureza.

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Foz da América do Sul

Duzentas e setenta e cinco inatas

E algentes quedas num tecido imenso

Refletem branco véu de noiva intenso,

Pelo declínio encanto das cascatas!

"Ó cristalino e lindo manto!", penso,

Fitando o agito, reluzentes pratas,

Vibrante marulhar das cataratas

Que evola sobre nós num tênue incenso!

Arte de Deus, o exemplo de grandeza,

Por Suas digitais - Ó Natureza!

No olhar do mundo de holofote nu.

E toda a maravilha assim desfila,

Desde a cortina d'água mais tranquila

Chegando às Cachoeiras do Iguaçu.

Ricardo Camacho

Jota Garcia
Enviado por Jota Garcia em 07/03/2021
Reeditado em 07/03/2021
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