Outra Lisboa
Musa de todos Fados, a cantar
o canto sedutor da alquimia
e a derramar o Tejo (em poesia)
pra muito mais além do Além-mar.
Musa de todas musas do Além-mar,
hiato, entre o real e a fantasia,
a soluçar o Tejo (em agonia)
atrás dos montes, onde possa amar.
Se não colhi, da terra idolatrada,
os cravos que sobraram da florada
que perfumou o sangue lusitano,
foi por ser um poeta da garoa:
que canta sob o céu, doutra Lisboa,
um fado tropical americano.
Musa de todos Fados, a cantar
o canto sedutor da alquimia
e a derramar o Tejo (em poesia)
pra muito mais além do Além-mar.
Musa de todas musas do Além-mar,
hiato, entre o real e a fantasia,
a soluçar o Tejo (em agonia)
atrás dos montes, onde possa amar.
Se não colhi, da terra idolatrada,
os cravos que sobraram da florada
que perfumou o sangue lusitano,
foi por ser um poeta da garoa:
que canta sob o céu, doutra Lisboa,
um fado tropical americano.