Soneto de chuva na janela
A chuva fina que eu vejo da janela...
É a esperança que já nasce da aurora
Hoje ela lava toda a mágoa de outrora
E me anuncia uma paz quase singela...
Em cada pingo traz o alento do renovo
Dá vontade de dançar nessa paisagem.
Mas tenho medo de pegar uma friagem
E a euforia vir me causar algum estorvo
Então levanto e da janela olho lá fora...
Vejo minha tuia sob a chuva a balançar.
E a quentura do verão já indo embora.
Daqui de dentro eu vejo o dia clarear...
Miro o relógio na parede e olho a hora.
A vida chama, pois é preciso batalhar.
Adriribeiro/@adri.poesias