ALIANÇAS QUEBRADIÇAS
O ser humano ainda erige altares
Em reverência à sua soberbia
E o próprio coração, assim, premia
Com o esplendor de luzes circulares.
À margem de qualquer sabedoria,
Eleva-se aos distantes patamares
Sem perceber paredes tumulares
No brilho do prazer que vivencia.
Engana-se quem vê dessemelhanças,
Firmado no dever das alianças
Compostas de valor material.
Se as almas não comportam cor alguma,
Queiramos respirar a doce bruma
Da convivência amena, fraternal.