ENTRE TUDO E MAIS NADA






Nada deixei que não pudesse ser tudo,

Se o acaso viesse na manhã que nos brada,

Talvez o plano do coração fosse escudo

Contra todo delírio em cada passo da estrada...




E no compasso da emoção, nesse vento,

Entre ponteiros de fé, a própria alma nos pede

Amor que preencha cada breve momento,

Pois a essência guarda a luz que o sonho concede...




Pois, nessa estrada, tanto sentimento conduz

Ao enigma dos corações humanos

Que nos perdemos em planos, em labirintos de luz...




E tantas vertigens de aparências vorazes

Tornam-se ilusões em fuligens dos anos,

Nos sós desenganos, em letras loquazes.



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