E O QUE VALE?

E o que, deveras, vale, nessa vida,

Senão amar demais, por toda ela,

Ouvir co'a alma o som da voz daquela

Que torna a nossa estrada colorida?

E como olvidar o encanto dela,

Se esse sofrer, a cada despedida,

Toma, do peito, o ar e invalida

Qualquer esforço a suportar não vê-la?

E se assim não for, o que nos leva

Ao ato extremo de sentir paixão,

Sem nem temer a força da saudade?

E de onde vem a dor que nos invade,

Quando, bem alto, clama o coração,

Se a solidão nos vem, quando não deva?

Bom dia, amigos.

Ótima quarta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Obrigado, Helena, pela belíssima interação.

MEU CÉU INTERIOR

Vale muito, vale tanto,

se não estás me acode o pranto,

e a estrada perde a cor:

não vejo nem uma flor.

Flor mimosa é a rosa,

mas eu sei que é vaidosa.

Que me importa, fecho a porta,

pra melhor sentir o odor

desta paixão desmedida,

que alimenta minha vida,

e o meu céu interior.

(HLuna)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 24/02/2021
Reeditado em 25/02/2021
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