E O QUE VALE?
E o que, deveras, vale, nessa vida,
Senão amar demais, por toda ela,
Ouvir co'a alma o som da voz daquela
Que torna a nossa estrada colorida?
E como olvidar o encanto dela,
Se esse sofrer, a cada despedida,
Toma, do peito, o ar e invalida
Qualquer esforço a suportar não vê-la?
E se assim não for, o que nos leva
Ao ato extremo de sentir paixão,
Sem nem temer a força da saudade?
E de onde vem a dor que nos invade,
Quando, bem alto, clama o coração,
Se a solidão nos vem, quando não deva?
Bom dia, amigos.
Ótima quarta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.
Obrigado, Helena, pela belíssima interação.
MEU CÉU INTERIOR
Vale muito, vale tanto,
se não estás me acode o pranto,
e a estrada perde a cor:
não vejo nem uma flor.
Flor mimosa é a rosa,
mas eu sei que é vaidosa.
Que me importa, fecho a porta,
pra melhor sentir o odor
desta paixão desmedida,
que alimenta minha vida,
e o meu céu interior.
(HLuna)