Cara-metade
 
Minha cara-metade guia meu caminho,
em rotas deixa para trás,
uma saudade perdida, sem escolha,

sem a melancolia juvenil do tempo.
 
Ela busca no doce
desejo da lembrança,
a quietude do coração
demente por querer tão bem a vida. 

Minha cara-metade é sinônimo,
de simplicidade cantada na loucura
do silêncio respeitado na lembrança passada.
 
É hemisfério ardente,
cansado do aquecimento,
enfurecido na louquice da falta de fé e esperança.