DE QUE VALE?

DE QUE VALE?

(Carlos Celso Uchoa Cavalcante=23/fev./2021)

Nasci em berço de plumas,

caminhei sobre tapete,

voei qual fosse um foguete,

fiz meus mares sem espumas!

Um dia, quando morri

me embalaram num caixão,

me sepultaram no chão

onde lá apodreci.

Tudo que aqui ostentei

com a minha vaidade,

aqui ficou, não levei.

Cultivei a ignorância;

não respeitei a igualdade;

de que vale a arrogância?