Mar meu
Em seu chão sinto o molhado, no seu balanço um tom gelado;
De longas vindas, de curvas vivas.
Com tinta clara, um ar de falas;
És meu viveiro, de sua costa o tinteiro.
Um vai e vem, um chacoalhar.
De profecias de um belo mar;
És meu casebre, minha mansão.
És desta pesca, a tradição.
Filho de Pedro, do Sr Antônio;
Dona Maria, cheia de sonhos.
Pensou com amor, sonhou doutor. Mas este filho, é pescador!
De frutos belos, um olhar sincero;
Trazendo afeto, no cesto belo.
Mas digo ainda de repentina, este tinteiro é um viveiro.