Confissão de um Demônio Ignorante
Bramidos de pavor, fogo excruciante...
Conheceste, mortal, o ódio eterno?...
Visitaste, infeliz, embaixo o inferno?...
Se não, ouve esse demônio delirante!...
Satanás tem exércitos... Vão avante!...
Um Império... Sou dele subalterno...
Carrasco do sem fim, tétrico, averno!...
Não há esperança a quem segue adiante!...
Ouça-me, alma perdida, a dor é infinda...
Aos filósofos faz moucos teus ouvidos...
Aqui a Filosofia não é bem-vinda!...
Assim vencerá pra sempre a Maldade!...
Foge dos raciocínios, dos livros lidos...
Que é numa escuridão que o Diabo invade!...