Soneto de tristes rimas

Às vezes nem dou conta do que choro

Tamanha a solidão desta alma padecida

Mergulho o meu olhar por onde moras, e moro

Emerjo ao perceber a sensação sofrida

Nem sei quanto eu tenho padecido

Nem quanto mede o pranto

Só sei que esta alma chora

O tempo que coube o encanto

Neste meu/eu, há um tempo desatino

Onde desfecho tristes rimas

Acometo-me a um soneto divino

Não revelo o que a mim fascina

Nem entrego-me à sorte do destino

E tão pouco, a desilusão sentida