Ecos

Escutando os gritos de tu’ alma em uivo forte

no desejo dessa paixão finalmente anunciar

mas que a fineza, pôs-se a frente a controlar

o que o coração consigna a sua própria sorte.

Nessa vitalidade desvairada e silenciosa

no fundo do peito queima e quer gritar

o teu afeto, à vontade maior querer amar

em um soneto de conclusões misteriosas.

Que deste modo desague o teu lamento

e não silencie mais essa voz em sofrimento

desprendendo da laringe o grito mudo.

E que acoplem nas tuas poesias os amantes

na agitação tranquila dos gritos de antes

dado q’ esse clamor não escuta quem é surdo.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 16/02/2021
Código do texto: T7186073
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