Ecos
Escutando os gritos de tu’ alma em uivo forte
no desejo dessa paixão finalmente anunciar
mas que a fineza, pôs-se a frente a controlar
o que o coração consigna a sua própria sorte.
Nessa vitalidade desvairada e silenciosa
no fundo do peito queima e quer gritar
o teu afeto, à vontade maior querer amar
em um soneto de conclusões misteriosas.
Que deste modo desague o teu lamento
e não silencie mais essa voz em sofrimento
desprendendo da laringe o grito mudo.
E que acoplem nas tuas poesias os amantes
na agitação tranquila dos gritos de antes
dado q’ esse clamor não escuta quem é surdo.