Adeus à carne
Cancelamento mais que net este ano,
Carnavalesco Madrugada Galo,
Sem o Recife e sem Olinda, abalo
De foliões sem colorido pano.
Imperatriz com a rival Serrano,
Nem a Mangueira e Beija-flor têm halo,
Sem a coroa momo-rei vassalo
É das escolas carioca urbano.
O samba-enredo: “fevereiro, não!”
O brasileiro sem a bela festa
Contagiante e da janela fresta
Deslumbramento do passado então.
Mas o festejo permanece vivo
Em cada lar, a fantasia e o crivo.