Silêncio nas ruas

Desobstrua; há um mal que agora impera.

Hera espinhenta; engole o som da rua.

Sua força, um pavor que degenera.

Era uma vez! Peste se mostra nua.

Usufrua o seu quintal; a tapera.

Adultera a rotina; se recua.

Instrua sobre o risco da megera.

Fera invisível mata que impactua.

Perpetua uma fé na primavera.

Considera efêmero, ore à lua.

Possua um enredo, mas sem quimera.

Severa dor, o carnaval em pua.

Tatua uma angústia que o estado gera.

Desespera; aflição não cabe em grua.

#ordonismo

Uberlândia MG

Raquel Ordones
Enviado por Raquel Ordones em 14/02/2021
Código do texto: T7184515
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