EMBRIAGADO

Lavo as minhas mãos

Deste sangue novo

Do sangue do povo

Que já vi correr

Lavo a minha boca

Minha carne rota

De toda esta miséria

Que vejo crescer

Sangro a semente

Neste peito ardente

Desta minha gente

Prá poder cantar

Este meu bagaço

Este meu cansaço

Este teu fracasso

Em nos compactuar

Nesta noite escura

Quero ir pra rua cantar aleluias

Me embriagar...

Quero com meu jeito,

Talvez, .... defeito

Este meu direito

De me embriagar.

Edras José e Luciano Vasconcellos
Enviado por Edras José em 14/02/2021
Código do texto: T7184112
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.