Soneto desértico
Fogo que queima a razão,
de dias que deixamos a vida levar
sem expressar a musicalidade
rítmica guardada debaixo da escada.
Consolação que esquenta na permissão,
acolhida detrás dos olhos
que sem razão não lembra como fazer,
vendo em sua existência o fogo da paixão.
No arco iris escalado por nós,
nos lábios sem razão do beijos,
arde no coração palpitante de esperança.
Entrega sem limite para ter como mostrar,
na explicação forte e ardida pela queima
gelada de sua justificativa desértica.