Urbe da gente
Vente-me no sentir e não evapora.
Mora no dentro, cidade frequente.
Envolvente vinho só enamora.
Cora e treina; 'avenida alma' presente.
Mente voeja, ideia rememora.
Demora sempre um gostoso na gente.
Frente em versos, corpos e rua afora.
Embora descalçadas, pele rente.
Diferente; muro nu no chão aflora.
Ora esquina, ora perna recorrente.
Vertente víscera que só devora.
Melhora o querer; meio fio, dente.
Novamente via frisson; toda hora
Chora inverno; urbe de nós. Quente.
#ordonismo
Uberlândia MG