HOMENAGEM A FERNANDO PESSOA
Depois que o som da terra, que é não tê-lo,
Passou, nuvem obscura, sobre o vale
E uma brisa afastando meu cabelo
Me diz que fale, ou me diz que cale,
(Fernando Pessoa)
No instante em que a desilusão te toma
A alma e, em pensamentos vagos,
Da brisa tu percebes os afagos,
Mas nem assim a esperança assoma
Ao cume, donde descortinas lagos,
Clareiras, num prazer que se não soma
Ao íntimo que trazes em redoma,
A protegê-lo contra vãos estragos...
Inferes, duma obliquação da luz,
Num átimo, que aos olhos quase escapa,
A verdadeira essência do que sentes...
Então, descobres que não vês presentes
D'alegria ou tristeza alguma capa,
Na nova claridade que o seduz.
Bom dia, amigos.
Ótima sexta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.
Obrigado, Jacó, pela honra da interação.
Num estase que nos toma,
O Sol entre nuvens, brilha.
Luz de quem almas, são filhas,
Diz-nos que de Deus, é soma...
(Jacó Filho)