HOMENAGEM A FERNANDO PESSOA

Depois que o som da terra, que é não tê-lo,

Passou, nuvem obscura, sobre o vale

E uma brisa afastando meu cabelo

Me diz que fale, ou me diz que cale,

(Fernando Pessoa)

No instante em que a desilusão te toma

A alma e, em pensamentos vagos,

Da brisa tu percebes os afagos,

Mas nem assim a esperança assoma

Ao cume, donde descortinas lagos,

Clareiras, num prazer que se não soma

Ao íntimo que trazes em redoma,

A protegê-lo contra vãos estragos...

Inferes, duma obliquação da luz,

Num átimo, que aos olhos quase escapa,

A verdadeira essência do que sentes...

Então, descobres que não vês presentes

D'alegria ou tristeza alguma capa,

Na nova claridade que o seduz.

Bom dia, amigos.

Ótima sexta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Obrigado, Jacó, pela honra da interação.

Num estase que nos toma,

O Sol entre nuvens, brilha.

Luz de quem almas, são filhas,

Diz-nos que de Deus, é soma...

(Jacó Filho)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 12/02/2021
Reeditado em 12/02/2021
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