NOS BRAÇOS DA UTOPIA
A vida é uma metáfora de eternidade
Com seus silêncios, frestas e abismos
Um labirinto dentro de uma realidade
Aberta a sonhos e cataclismos
À vida tem faltado o infinito
Tem sobrado paisagem vazia
E a solidão de um mesmo rito
Que se repete a cada dia
Apesar de tudo, ainda resta a lembrança
Daquele tempo que era festa e dança
Quando a vida era fincada na alegria
E mais ainda resta a certeza
De que um dia essa tristeza
Se dissipe nos braços da utopia