Soneto de Amor

Em tantas andanças, encontrei o amor,

Quando nem esperava, tomei a direção.

Sei que arde em muita saudade e dor,

Mas é o tormento que acalma o coração.

Uma mistura bonita que oscila em louvor,

Por vezes silêncio, noutras breve canção.

Em instantes um breu, ou um mundo de cor.

Em balanço, amar é tempo voando em portão.

Ah, o amor! Esconde e revela em plenitude

Os contrastes que a vida em mim consome.

É uma gangorra dando movimento amiúde.

Ah, o amor! É paz, temporal que me ilude.

Engana o choro, ainda mata a minha fome,

No momento que espalha farta inquietude.

Lee Vieira
Enviado por Lee Vieira em 11/02/2021
Código do texto: T7181867
Classificação de conteúdo: seguro