Soneto de Amor
Em tantas andanças, encontrei o amor,
Quando nem esperava, tomei a direção.
Sei que arde em muita saudade e dor,
Mas é o tormento que acalma o coração.
Uma mistura bonita que oscila em louvor,
Por vezes silêncio, noutras breve canção.
Em instantes um breu, ou um mundo de cor.
Em balanço, amar é tempo voando em portão.
Ah, o amor! Esconde e revela em plenitude
Os contrastes que a vida em mim consome.
É uma gangorra dando movimento amiúde.
Ah, o amor! É paz, temporal que me ilude.
Engana o choro, ainda mata a minha fome,
No momento que espalha farta inquietude.