Esbravejar de uma fera
De repente do amor fez-se a solidão,
Do próximo o distante, do fiel o fingido,
Da alegria a angústia, da realidade a ilusão,
E fez-se não o que um dia foi querido.
Do momento esperado criou-se o drama,
Quando se formou no beijo o amargo,
Criando-se uma fera, em quem um dia foi criança,
E o forte tornou-se fraco.
Hoje, quem um dia foi livre, passou a ser dominado,
De repente desfez-se o certo,
Quando nos olhos a vida passou
E no coração o amor ficou parado.
Os sonho foram-se de repente,
Deixando no peito o esbraveja de uma fera.