A sua voz de zanga não termina,
rebate nas manhãs deste universo...
Jamais consigo andar na sua sina,
o olhar procura amar o que é perverso.
A boca a suplicar pela aspirina.
Escreve o mal, esquece o bem no verso.
Ás vezes quer amor e, assim, assina...
loucura a desejar o que é inverso!
Parece temporal que vem do nada,
e quem lhe vê debanda noutra estrada,
pois esse incêndio louco nunca encerra...
Será que tem em mente o fim da terra?
A raiva não se abeira da razão,
o olhar se aprofundou na solidão...
Janete Sales Dany
09/02/2021