Saudade do Infinito
Hei de ouvir novamente os sons celestiais
Dos arcanjos, felizes sopros do infinito!
Quão efêmeras as coisas, quão materiais!...
Quem vê a alma jamais verá algo tão bonito...
Ó numes, vós que, fúlgidos no céu, azulais
O horizonte de minha alma quando medito...
Vós que nas mais longínquas esferas voais...
Quão belo é o destino humano, quão bendito!
Quisera eu voejar também no céu sem fim,
Como alguém que, ditoso, escuta o eterno sim
Do grande amor, vivendo imensa felicidade!...
Quisera eu amar e amar sem encontrar limite,
Ser um alguém que apenas muita paz transmite...
Trazendo a cura até a mais pungente saudade.