Saudade materna

Saudade materna

E quando a saudade em meu peito bateu.

Voltei para rua deserta onde está:

Meu sonho encantado e o desejo acendeu.

De volta o peguei para vê-lo infestar.

Na alcova sagrada, na minha alma guardei

Co' a mente serena o farei só abrolhar.

Bem perto, bem forte, feliz saudarei!

Trará para mim o sentido de amar.

Pois, quando a saudade chegou tão materna.

Com choro sedento de ter acalanto:

Se quer eu pensei padecer tanto em vão.

Os sonhos tão belos da idade tão terna,

Que um dia os deixei pra crescer lá num canto!

Num beco perdido jamais ficarão.

Márcia A Mancebo