Tempestade

Céu escuro. Mar profundo.

O vento ruge violento, iracundo.

Uma ave singra o ar solitária,

Perde-se na multidão das ondas temerária.

Não distante, além do quebra-mar,

velhas traineiras ao porto urgem chegar

Nas amuradas daqueles barcos, marinheiros aflitos sentem o pressagio

Temem naquelas profundezas turbulentas a morte por naufrágio

O mar violento em conluio com o vento

Mostra poder, mostra força e movimento

A tempestade a todos enche os olhos de medo e tormento

Aflitas gentes do mar, resta-lhes agora a calmaria esperar

Nas longas horas que se passam a natureza uma lição os quer dar

O homem, por maior que seja, aos elementos deverá sempre se dobrar