A JOVEM MISTERIOSA
Esta jovem, de rara formosura,
Que algente passa, a despertar louvores,
Esmaga corações, pisando as flores
Que lhe atapetam a estrada da Ventura.
Buscam-na em vão; a estranha criatura,
Desprezando paixões, calcando amôres,
Sem se deter, ostenta, seus filgores,
Indiferente à alheia desventura.
Muita vez, um furtivo e doce olhar
lança a alguém, por capricho, ou sem cuidar
Que à chama da esperança se consome!
Irrequieta, voluvél, fugidia,
Sem no mundo a ninguém dar primazia,
Passa; FELICIDADE--eis o seu nome!