Milagre ou guerra
Contigo, perdi-me de mim, sou única.
Zango-me, perdoo, esquecer, jamais!
Iludo a razão e não penso demais
No que me obriga a ser tão mediúnica.
Envolta na transparência da túnica
Espero, quiçá, um milagre mais
Semelhante ao de outros ancestrais
Lembranças de uma qualquer guerra púnica.
Louvo aos deuses que intercederam
E, com toda a força e douta ciência
Libido e vontade se excederam.
E o amor paixão, eivado de paciência
Sincronizados, aconteceram…
Um misto de fé e proficiência.
Lucibei@poems
Lúcia Ribeiro
In “Muita Poesia e Pouca Prosa”