TEMPO DE PRANTEAR
Há dias que as nossas cordas vocais já bem fracas,
Os nossos sonhos e todo o nosso ânimo de viver,
São incapazes de levantar as suas asas
No seu intento de nos alegrar e rejuvenescer.
É, então, chegado o tempo de prantear...
Lágrimas ligeiras escorrem pelo nosso rosto sombrio
Como uma forma de aliviar
Toda ferida que tirou parte de nosso brio.
O choro é a força do poeta na criação
De suas joias líricas repletas de emoção
E também a pureza dos amantes em noites nupciais.
Como um temporal num dia triste e acinzentado,
Assim é o tempo de quem, com seus olhos marejados,
Traz à luz da verdade os seus abismos existenciais.