SONETO DE ETERNIDADE
De repente...
um momento eterno, um instante...
que em teus braços ternos de amante
aninhe meu corpo nu, feito uma teia.
Se quando...
a luz do mundo o teu olhar clareie,
que eu veja em ti todo amor da eternidade.
E mesmo assim...
quando refém de uma saudade,
que eu te busque em um olhar distante.
E quando enfim...
a vida se esvaia deste corpo errante,
mas que a morte, essa eterna amante
deixe-me velar teus sonhos pela eternidade.