ENQUANTO AS ÁGUAS PASSAM

Mauro Pereira
 

Quando estou só, comigo, à beira-rio,
em meio à flora e aos seres ribeirinhos.
Olhando o que ele arrasta em seu  caminho,
sentado no barranco, escuto o rio! 

 

Seja na cheia ou seja no estio, 
da passarela sobe um burburinho

Um rumorejo que sai dos escaninhos

murmurejando. É a voz do rio!

Na longa esteira, o graveto e a folha,
apoiam-se um no outro, sem escolha.
Alheios ao destino do caminho!


Também assim, esvai-se minha história!
Com tantas folhas cheias de  memórias,
Nos vórtices cruéis dos redemoinhos.

                                             Uberaba, 23/07/2020

MAURO PEREIRA
Enviado por MAURO PEREIRA em 28/01/2021
Reeditado em 08/04/2024
Código do texto: T7170586
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