HORAS QUIETAS
Nas horas quietas em que tudo dorme
E o silencio acorda meus pensamentos,
A poesia se faz altiva de anseio enorme
Pontuando a vida, sonhos ou lamentos.
E toma-me a mão para que a transforme
Instrumento do mais belo dos sentimentos,
Em versos de amor e de desejo enorme
Para alcançar a poésis dos momentos.
E transporta-me ao sonho ou a realidade
Ao sentir o imaterial, o inusitado da criação,
Entre o belo das imagens e criatividade,
Escrevo, e a contemplo palavra do coração
Na alma das entrelinhas e na cumplicidade
Levanta-me sagaz na alegria da inspiração.
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Linda interação do amigo e nobre Poeta Maior
Fernando Cunha Lima
HORAS INQUIETAS
Horas quietas, vincendas, vazias,
Que me acometem pela madrugada,
De tão vazias não me sobram nada,
Como uma inspiração se anuncia.
A cada hora que anuncia o dia,
Em uma inquietude confirmada,
Assim tão inquieta e tão calada,
Brilham enquanto o sol nos irradia.
Durante a noite nessa inquietude,
Pressente a solidão que amiúde,
Resolvem por si só ficar quietas.
Portanto no seu mexe e remexe,
As horas ficam em um mexe-mexe,
Nova feição de horas inquietas.
fernando cunha lima.