Dizeres antagônicos

Vai-te amor! Diga ao meu lamento

Pobrezinho em pálido abandono

No luar incrédulo e sem sono:

- Resigne-se à mortalha do relento!!

Vai-te amor! Leva o Mundo que te dei:

Olhares verdejando a cicatriz

À boca... esse beijo que te quis

Versos que jamais esquecerei!

Vai-te! Homem frio de a-mares quentes

(Curva líquida) seduzindo continentes

Foi tanto esse querer!... Foi desigual!

Poeta... se sou? És meu desejo!

Cantado nos fados do Alentejo

Chorado junto ao mar de Portugal.

Canoas, 30 de outubro/2007-RS

Eliane Triska
Enviado por Eliane Triska em 31/10/2007
Reeditado em 13/11/2007
Código do texto: T716935
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