Um soneto de amor.
Teus seios choram pétalas fugazes
E caem belos teus cabelos tristes.
As rosas sorridentes e loquazes
Sorriem como tu jamais sorristes.
Teus olhos andam verdes, brancos, pazes
Eternos como o céu, imensos mártirs;
Refletem a aspereza e dor que trazes.
Teus olhos fundos, lindos, que caístes.
Ausência minha, grita-me em silêncio.
Abraça-me quieta, sã, com frio;
Recoste e durma. Sonhe em meio aos arcos.
Caminhe, amada. Corra em meio as pedras.
Enxergue a força com a estrela ladra;
A força dos teus olhos amazônicos.
Pedro Lino.