Acordo e desperto o antanho perverso,
componho a canção do pranto infinito,
a lágrima expõe o orvalho no verso,
censuro a aflição, coitado do grito!

A dor amargura o amor do universo,
e sei do querer onusto de atrito.
Escrevo conversa e nunca converso
do lado, a escassez, nem verso recito!

Procuro a ilusão dormente no peito:
Alguém sequestrou a paz do poeta.
A boca carmim e a língua no jeito.

A pele sedosa, o cheiro de rosa,
e ainda de longe expõe indireta?
Maldita que fere e segue alterosa...

Janete Sales Dany
Soneto@Todos os direitos reservados

ATIVIDADE FÓRUM DO SONETO
TRILHA XXVII - 
A DOR DE UM POETA -
7160694


Soneto Decassílabo
Ritmo Ibérico- Arte Maior
Tônicas na 2ª, 5ª, 7ª e 10ª sílabas 

e com cesura na sílaba 5ª.
Janete Sales Dany
Enviado por Janete Sales Dany em 16/01/2021
Código do texto: T7161272
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.