Soneto
A preta que quero é sol iluminado
A lua nos olhos e o mar nos cabelos
Uma mão de toque suave e apelo
Carrega no sangue a cor do legado
A preta que quero é mar agitado
Ohos de cor profunda e zelo
A noite adormece tecida em seus pêlos
Na boca ilumina o céu estrelado
A flor em seu toque se abre em pureza
Na voz melodia ternura acalenta
Nos pés corre a força de antiga beleza
É névoa distante em manhã de Luanda
É lágrima, magia, sonho e tristeza
É preta rainha de terra balanta