FIM DE TARDE
Acarminada abóbada emoldura
a mansidão da serra campesina,
decora refletores, subordina
as águas com lustrosa tingidura.
Relumbra o fogaréu, engole a alvura
da nuvem, companheira de rotina,
um derradeiro riso descortina
e busca atrás dos montes a clausura.
Sossegam matagais, o tempo esfria,
do passaredo cessa a cantoria,
somente os passos vibram pelo chão.
Bendiz, em gratidão, aquela roça
o jovem, quando lembra da palhoça
singela e abastecida de união.