Solitude Incontida

Derrama em prantos a índole minha

Pela imenso espaço aqui entre nós

Por não conseguir escutar a tua voz

Por não mais seguir a tua mística linha

Espasmos, cochichos aflitos e roucos

Na boca, o gosto oceânico em puro sal

Os olhos carmesim, um tanto foscos

E no peito, a clara prepotência total

Choro o desejar, e o choro o não poder ter

Teus abraços hipnotizantes a me envolver

Ah! Por que logo não vem afinar meu pranto?

Necessito de ti, deslumbrante e bela criatura

Tenha piedade e livra-me desta rígida clausura?

E corra ao meu enlaço, torne-se meu acalanto.

Samira Vilaça Araújo
Enviado por Samira Vilaça Araújo em 15/01/2021
Código do texto: T7160509
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