Soneto
Eu sofro pelo mendigo
Essa pobre criatura
Que carrega a desventura
Do mais tremendo castigo
Ele padece consigo
Algo de grande ternura
A sua maior tortura
É viver sem ter amigo
Dormindo pela sarjeta
Sente do rico a careta
Quando lhe pedincha o pão
A classe tosca e burguesa
Nega com toda certeza
Um forte aperto de mão