Soneto dos Enganos da Imaturidade
Tantos enganos vividos silente
Levaram-me a crer ser, de fato, um tolo
Na selva escura, cercado de lobos
Preso em ideias difusas da mente
E enfrentei o drama assaz descontente
E de impulso andei por trilhas escuras
Afiei a espada com palavras duras
E igualei-me, assim, a toda essa gente
Mas o tempo, enfim, remeteu-me aos fatos
Desnudou-me, então, de toda armadura
Ensinou-me o cerne de cada enfado:
Que o sofrimento do homem perdura
Se com pensamentos sempre ofuscados
Teimar em viver na eterna amargura.
Tantos enganos vividos silente
Levaram-me a crer ser, de fato, um tolo
Na selva escura, cercado de lobos
Preso em ideias difusas da mente
E enfrentei o drama assaz descontente
E de impulso andei por trilhas escuras
Afiei a espada com palavras duras
E igualei-me, assim, a toda essa gente
Mas o tempo, enfim, remeteu-me aos fatos
Desnudou-me, então, de toda armadura
Ensinou-me o cerne de cada enfado:
Que o sofrimento do homem perdura
Se com pensamentos sempre ofuscados
Teimar em viver na eterna amargura.