LEMBRANÇAS ESMAECIDAS

A solidão, se estabelece moradia

No coração, parece que há de ser eterna,

A alma chora a amarga lágrima interna,

Que, sem rolar na face, torna-se poesia...

O dom do amor, mais do que adormece, hiberna,

Sufocado, reprimido, dia após dia,

Somente o som do verso alado o auxilia

A viver a clausura escura, qual caverna...

O vento, porém, varre as sobras da amargura,

Leva a longínquas paragens o sofrimento,

A fim de dar lugar a novas esperanças...

E, da desilusão ficam vagas lembranças

Esmaecidas, libertando o pensamento,

Que, aos poucos, de todo o seu sofrer, se cura.

Bom dia, amigos.

Ótima quinta, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.

Obrigado, Helena, pela belíssima interação.

Ó Senhor, eu digo que maravilha,

pois eu posso perceber como é que brilha,

essa lágrima que escorre, ainda fria,

e depressa se transforma em poesia.

(HLuna)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 14/01/2021
Reeditado em 14/01/2021
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