NIILISTA

O fim que tudo desterra

E faz da vida angustiante,

Impõe que tudo se encerra

Num desespero cruciante.

Já não se tem ilusão

Diante da hora final;

Todo orgulho vai ao chão,

Vem a tristeza fatal.

É a glória do niilista:

Contemplação da derrota,

Memorial fatalista.

Mas pra ele pouco importa,

Pois não se vê altruísta,

E a vida prefere morta.

Eduardo Marques da Silva
Enviado por Eduardo Marques da Silva em 12/01/2021
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