NIILISTA
O fim que tudo desterra
E faz da vida angustiante,
Impõe que tudo se encerra
Num desespero cruciante.
Já não se tem ilusão
Diante da hora final;
Todo orgulho vai ao chão,
Vem a tristeza fatal.
É a glória do niilista:
Contemplação da derrota,
Memorial fatalista.
Mas pra ele pouco importa,
Pois não se vê altruísta,
E a vida prefere morta.