O PUMA E O CONDOR (TERCEIRA VERSÃO)
Ah! Nas tuas montanhas liberto meu puma
que domina-te as grutas e minas e sendas,
que passeia sozinho, a sumir pela bruma,
a cravar suas garras, em caças tremendas.
Em rugir solitário, sem pressa nenhuma,
o meu puma vagueia a explorar tuas prendas
e devora-te as presas, engole uma a uma
e na sua morada, serpeia entre as fendas.
Mas as tuas montanhas expulsam felino
que não voa, só anda, o meu bicho ferino.
Tu desejas o céu, um sagaz voador...
E me negas a tua delícia mais viva,
este fruto que, tenro, desvaira a saliva...
Então, mato o meu puma e me faço um condor.