Clarão que se apagou
Noite tranquila para o relaxar do corpo
Quando nossa imaginação mais trabalha
Reflito no que constato como um morto
Como se tornasse-me golpe em navalha
Já é madrugada e aquele interesse partiu
Não cheguei a ir; mas em sonho, o idealizei
Mantém-se no que ao meu interior evoluiu
Eternizado em lamentos que exteriorizei
O dia chegou com contentamento fervente
Ele nem mesmo desconfia o que se passou
E distancia-se da minha energia indiferente...
Veio o poente; e novamente aqui estou
Com a argúcia tão antiquada e demente
E nesta agora; por fim, o clarão se apagou.