Soneto de alma negra
 
A minha alma negra de tristeza a dor cultua
Feito morcego, sente o odor do feromônio.
É como se a Morte atraísse o meu demônio,
Em cujo sangue amaldiçoado o amor flutua.
 
Se dos despojos desse amor desencarnado,
Restaram as gotas de um veneno tão letal,
Talvez eu beba pra sucumbir ao mesmo mal
E meu demônio, então, feneçer enamorado.
 
Juntos, iremos até os portões da escuridão.
Com o denso abismo do engano flertaremos.
E o nosso pecado revelar-se-á u’a maldição.
 
E ainda que a áurea desse amor seja inocente.
A ínfima honra, se ainda nos resta, abafaremos,
Para que nos amemos no inferno eternamente.
 
Adriribeiro/@adri.poesias
 
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 11/01/2021
Reeditado em 03/02/2021
Código do texto: T7157672
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2021. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.