A TARDE
A tarde tem um quê de romantismo
Quando a chuva suave a adorna
E a temperatura, dantes morna,
Ameniza-se em meio ao lirismo
Que nasce ante este quadro e se torna
A chama que, em doce antagonismo,
Como se fora mágico algarismo,
Completa a obra, pois com tudo orma.
Assim o amor perdura noite adentro
E os amantes fazem-se esquecidos
De tudo mais que possa haver em volta
Tomando o espaço, o querer se solta,
Dando lugar a todos os sentidos,
A ser então do universo, o centro.
Interação ao soneto "Romântica Tarde, de autoria da exímia poetisa Monica Lambertini.
Bom dia, amigos.
Óttima semana, Deus os abençoe. Bem-vindos à NOSSA página.
Obrigado, Jacó, pela brilhante interação.
FIM DE TARDE
O sol se despede, sem impor tristeza,
Nem pedir desculpa pelas noites frias,
E força recordações, que antes trazia,
Inspirações pra fazer do amor realeza...
São nos fins de tarde sob as cobertas,
Que argumentamos sobre a vida real...
Acabam em loucura nunca visto igual,
Doses elevadas de paixões despertas.
Os últimos raios dão cores ao telhado,
E o amor latente chama por teu nome,
Como se sabendo que já me consome.
Então vem a lua com o sonho dourado,
E essências divinas, pra noites insones,
Materializar nosso céu, ou o seu clone...
(Jacó Filho)