AS PORTAS
Perfuma-te, andarilho, nessas flores
que infestam as veredas percorridas,
abraça o tempo e mostra às despedidas
sorrisos carregados de esplendores!
Degusta a plenitude dos dulçores,
respira suavidades espargidas
enquanto não se perdem, prometidas,
no ardor de turbilhões devoradores!
O rastro que deixares no trajeto
de enlevo necessita ser repleto
porque compõe moldura em telas mortas.
Se avanças realizado em tua saga,
toda memória vinda sempre afaga
teu coração perante as outras portas.