Silencia a alma negra, rígida e obscura
Calando na amargura quão sentimento,
Nefasto que agoureiro assombra em agrura
Sufoca na presença sonho e lamentos.
 
Sofrer que no cansaço dor se apodera
Exprime na razão que muda se implora;
No entanto angustioso amor lhe trouxera;
Da lástima, na dor conter de que chora!
 
Por cego que da luz faltante se prende
Andar, de que impossível: ferem no os tombos.
Obscuro no traçado de onde se ancora.
 
Por onde que se na alma fria desprende
Perduram se nas asas luz e dos rombos.
Sentindo, firmemente a dor da penhora.
 
 
Barrinha 10 de janeiro de 2021 
 
antonioisraelbruno
Enviado por antonioisraelbruno em 10/01/2021
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