Analecto intuitivo

Eu não sofri todas as mágoas que versejo.
E não versejo todas as mágoas que carrego.
Em muitos versos eu falo só do que desejo.
Em outros tantos dos anseios que renego.

Quem dera eu fosse uma poetisa metafórica.
Que conseguisse suavisar por eufemismos.
Todos os medos, os pecados e os egoísmos.
Os transformando em antíteses eufóricas.

Talvez meu poema ao "Jabuti" fosse indicado.
Um dos maiores reconhecimentos literários.
Pra publicizar o meu versário engavetado.

Mas, sendo adepta de um poetar denotativo.
Amante dos versos mais diretos e ordinários.
Eu vou coligindo o meu analecto intuitivo.

Adriribeiro/@adri.poesias

 
Adriribeiro
Enviado por Adriribeiro em 09/01/2021
Reeditado em 29/01/2021
Código do texto: T7156128
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