ELA SABE QUE MEU RISO CHORA À TOA- Luiz Poeta Luiz Gilberto de Barros Rio de Janeiro Brasil

Não há como proibir que ela me habite,

muito embora eu hesite em recebê-la...

nunca a chamo, mas ela vem sem convite,

meu palpite é que, no fundo, quero vê-la.

Ela nunca é diferente, sempre vem

com o que tem: um riso triste e algum pranto...

desses tantos que me choro... sem desdém...

ela vem cumprimentar meu desencanto .

Ela sabe que meu riso chora à toa

de alegria... e se dilui no meu sorriso impreciso, como um voo... no horizonte...

e a cada vez que esse sorriso voa,

ela teima em persegui-lo... é preciso que o Narciso - que há em mim - se desaponte.

Às 17h e 47min do dia 2 de novembro de 2020 do Rio de Janeiro, Marechal Hermes - Base Aérea dos Afonsos.