SONETO ENIGMÁTICO
Vi os versos se vestirem de rimas,
Saltarem da mente para o papel;
Transformarem-se em matérias-primas.
Voarem, até o esplendoroso céu...
Estâncias se confundem com os climas,
Descortinam sem pudor o branco véu.
Lembrando que o amor nasce na alma...
E ali, pouco a pouco ele floresce.
Planta a sonhada paz, e, acalma
Com afagos, o peito que padece.
O coração aplaca a dor do trauma!
A vida não revela seu mistério,
Porém, o Sol bronzeia o fruto da palma:
Sem acusar ninguém de adultério!