SONETO ENIGMÁTICO

Vi os versos se vestirem de rimas,

Saltarem da mente para o papel;

Transformarem-se em matérias-primas.

Voarem, até o esplendoroso céu...

Estâncias se confundem com os climas,

Descortinam sem pudor o branco véu.

Lembrando que o amor nasce na alma...

E ali, pouco a pouco ele floresce.

Planta a sonhada paz, e, acalma

Com afagos, o peito que padece.

O coração aplaca a dor do trauma!

A vida não revela seu mistério,

Porém, o Sol bronzeia o fruto da palma:

Sem acusar ninguém de adultério!

Roberto Jun
Enviado por Roberto Jun em 06/01/2021
Código do texto: T7153415
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